Bem-vindos!

Mas entrem com a cabeça aberta para novas percepções, afinal, várias décadas escutando a mesma coisa e não se aprofundando nos textos, de certo modo é apavorante! Leia, releia, pesquise. Novos horizontes se abrirão pra você e com o entendimento, terás a verdadeira liberdade. Ah .. por favor: marque na caixa de diálogo o que você achou do texto e deixe seu comentário, ok? Obrigado pela visita

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Fanatismo - Parte II


fanatismo
fa.na.tis.mo
sm (fanáti(co)+ismo) 1 Excessivo zelo religioso. 2 Facciosismo, partidarismo. 3 Dedicação excessiva a alguém, ou a alguma coisa; paixão. 4 Adesão cega a uma doutrina ou sistema.

Fonte: Dicionário Michaelis


Como vemos, o significado de fanatismo é amplo: uma pessoa pode ser fanática por uma religião, um clube de futebol, um partido político, por alguém famoso ou não, etc. Hoje, assim como em outra postagem (http://cybermago.blogspot.com/2010/01/o-fanatismo-religioso-entre-outros.html), retornaremos a este assunto que é uma pedra no sapato da sociedade atual. Obviamente nos centralizaremos no Fanatismo Religioso, visto que de todos os tipos de fanatismo, este é que tem maior capacidade de manipulação alheia.

Hoje, as duas religiões que demonstram possuir os mais altos graus de fanatismo são as religiões Islâmica e Evangélicas Neo pentecostais.

Na religião Islâmica, este fanatismo deve-se a um grupo específico, os chamados extremistas. Este grupo é constantemente incentivado a combater um inimigo religioso - no caso os Estados Unidos da América, cujo ponto máximo de agressão fanática foram os incidentes acontecidos em 11 de setembro de 2001 com a derrubada das Torres Gêmeas.

Em contra-partida, os evangélicos Neo-pentecostais quase em sua totalidade demosntram alto grau de fanatismo, chegando a relacionar qualquer praticante de outra religião que não for a sua de servos do demônio. Interessante isso, afinal, o demônio é um personagem exclusivamente judaico-cristão, portanto, inexistente em outros cultos religiosos.

Viktor Emil Frankl, médico psiquiatra austríaco, Phd, fundador da escola da Logoterapia, descrevia o fanático por dois traços essenciais: a absorção da individualidade na ideologia coletiva e o desprezo pela individualidade alheia. Resumindo: o fanático transforma o que lhe é passado em alguma coisa exclusivamente e individualmente sua, achando que somente sua opinião é válida bem como a sua verdade é única, exclusiva e imutável.

Alguns fanáticos religiosos necessariamente não precisam ser violentos, irritadiços, nervosos ou hidrófobos.

O fanático religioso está tão afinado com a ideologia coletiva que ela basta como canal para a expressão de seus sentimentos, vivências e aspirações, sem nada sobrar daquele hiato, daquele abismo que o homem diferenciado vê abrir-se, com freqüência, entre seu mundo interior e o universo em torno. O fanático religioso pensa e sente com a sua ideologia, ama e odeia com a sua ideologia, quer o que sua ideologia quer e age como sua ideologia manda agir. Tudo o que no seu ser escape dessa bitola é desimportante ou doente aos seus olhos e fatalmente, ao seu ver, está condenado.

O fanático religioso está tão preso as suas verdades individuais que qualquer coisa que lhe é dita e contrarie suas "verdades intocáveis", por mais coerentes, lógicas e verdadeiras que elas sejam, imediatamente são rechaçadas pois sua mente está tão presa à bitola de sua ideologia coletiva que qualquer outra verdade além da sua é imediatamente rechaçada.

A conseqüência imediata do fanatismo religioso é o sectarismo, que encarcera a liberdade de consciência e de pensamento próprio, fazendo que o fanático acabe sendo um escravo de certas verdades que lhe proíbem a expansão da alma pela idéia e pela razão. Para o fanático religioso, não existe em seu vocabulário qualquer palavra que exprima algum tipo de questionamento, dúvida ou explicação lógica e coerente. Ele simplesmente aceita e, para sua fé, não é necessária qualquer tipo de justificativa e sua inteligência, o ato de pensar no todo, praticamente é inexistente.

O fanático é a antítese do herói e do entusiasta. Enquanto o herói e o entusiasta lutam por uma causa justa, o fanático assume uma atitude de intolerância às idéias alheias. O herói e o entusiasta podem até morrer pela causa que defendem, mas jamais o fazem para aumentar o número de prosélitos. O fanático, contrariamente, não recusa meios violentos e até cruéis para os conseguir. O atentado de 11 de setembro é um exemplo perfeito mas damos outro exemplo de violência fanático-religiosa mais branda e com o mesmo motivo. O preconceito e a intolerância religiosa:


Como vemos, o ápice do fanatismo religioso é a loucura. A fé exacerbada em nome do "Senhor Jesus" extrapola qualquer conceito moral, ético e constitucional, fazendo com que os fiéis sejam os "cavaleiros vingadores de Deus".

Obviamente nem todos os fanáticos são assim. Seu limite máximo chega até o sectarismo, afastando-se de toda e qualquer pessoa que não tenha a mesma crença que eles, afinal, são "servos do demônio" e não compactuam com suas "escrituras sagradas".

Em contra-partida, existem pessoas que, apesar de terem a mesma crença dos fanáticos, não desrespeitam a fé alheia, como o Pastor que aparece no final do vídeo acima. Isso é um exemplo a ser seguido.

A mensagem que lhe deixo, cristão, é que não deixe o fanatismo tomar conta da sua racionalidade e da sua consciência. Observe com atenção a foto colocada no início desta postagem. O que você vê? Que pecado você acha que esta criança cometeu para que chegasse ao ponto de estar usando um microfone para expressar seus sentimentos? Aonde você acha que vai parar o fanatismo que está sendo absorvido por esta criança quando ela for adulta?

Então, cristão, pense, reflita sobre suas atitudes e veja se realmente vale a pena se afastar das pessoas que você ama e que amam você por uma seita que segrega, demoniza e desune ao invés de aliar. Nunca é tarde para mudar. Nunca é tarde para espalhar o amor sem preconceito. Nunca é tarde para realmente amar seu próximo.


Nenhum comentário:

Postar um comentário