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Mas entrem com a cabeça aberta para novas percepções, afinal, várias décadas escutando a mesma coisa e não se aprofundando nos textos, de certo modo é apavorante! Leia, releia, pesquise. Novos horizontes se abrirão pra você e com o entendimento, terás a verdadeira liberdade. Ah .. por favor: marque na caixa de diálogo o que você achou do texto e deixe seu comentário, ok? Obrigado pela visita

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A Doutrina da Salvação - O grande engodo cristão!

Já vimos em uma postagem anterior que no evangelho segundo Marcos, o capítulo 16 originalmente possuia apenas 8 versículos e que os versículos de números 9 a 16 foram enxertados posteriormente (acredito que por volta do séc. III, afinal, as cópias dos Codex Vaticanus e Sinaiticus não possuiam esses versículos). Se você não leu este estudo, clique aqui:
http://cybermago.blogspot.com/2010/08/marcos-capitulo-16-grande-invencao.html

Estes versículos enxertados são as bases da salvação pela fé em JC, utilizadas como doutrina para os crentes, fanáticos e ávidos por uma libertação e salvação.

Salvação de quê?

O estudo da salvação chama-se Soteriologia e vem do vocábulo grego Soteria. Para os cristãos, significa salvação, libertação de um perigo iminente, livramento do poder da maldição do pecado,
restituição do homem à plena comunhão com Deus.

Os evangelhos, para variar, não são muito claros quando afirmam como ser salvo. Seus textos são contráditórios e confusos - como todos os evangelhos do NT - abrindo precedentes para que sejam utilizados como cada um bem entender (não é por isso que a cristandade não possui apeneas UMA Igreja Cristã?).

Isto leva a um entendimento confuso, nebuloso e contraditório com relação à doutrina da salvação mas uma coisa todos os sacerdotes cristãos concordam: em posse da "palavra", utilizam a doutrina da salvação para levarem centenas de fiés ao desespero para serem salvos, vistos que em suas mentes são grandes pecadores e irão para o inferno. Aliás, inferno é um conceito totalmente cristão e não teve origem nas escrituras judaicas - mais adiante também faremos um estudo sobre o inferno cristão. Aguarde!

Esse maniqueísmo onde apenas existem duas opções (ou Deus ou o Diabo, ou bem ou mal, ou céu ou inferno), fazem os fiéis tremerem de medo e são facilmentes incorporados "aos rebanhos do senhor", garantindo a sobrevivência e o crescimento dos cultos evangélicos.

Voltando à salvação, vamos ver nos evangelhos como ser salvo e veremos o quanto é confuso, afinal, nem aí os escritores dos textos possuíam um entendimento único.

Somos salvos pelas obras? Para Tiago sim. Vejam o capítulo 2:


14.De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo?

17.Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. 18.Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.

20.Queres ver, ó homem vão, como a fé sem obras é estéril?

21.Abraão, nosso pai, não foi justificado pelas obras, oferecendo o seu filho Isaac sobre o altar?

22.Vês como a fé cooperava com as suas obras e era completada por elas.

24.Vedes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé?

26.Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta.

Já para Paulo, basta somente ter fé. Aliás, Paulo, o grande marketeiro de JC, era extremamente simplista em suas convicções. Não funcionava, ele alterava (como vimos no capítulo sobre a enganação do "falar em línguas", onde Paulo - e posteriormente os cristãos - distorcerem totalmente do que foi feito na primeira vez. Se você não leu, clique aqui: http://cybermago.blogspot.com/2010/08/falar-em-linguas.html)


Romanos 3:

20.Porquanto pela observância da lei nenhum homem será justificado diante dele, porque a lei se limita a dar o conhecimento do pecado.
21.Mas, agora, sem o concurso da lei, manifestou-se a justiça de Deus, atestada pela lei e pelos profetas.
22.Esta é a a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo, para todos os fiéis (pois não há distinção;
23.com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus),
24.e são justificados gratuitamente por sua graça; tal é a obra da redenção, realizada em Jesus Cristo.
25.Deus o destinou para ser, pelo seu sangue, vítima de propiciação mediante a fé. Assim, ele manifesta a sua justiça; porque no tempo de sua paciência, ele havia deixado sem castigo os pecados anteriores.
26.Assim, digo eu, ele manifesta a sua justiça no tempo presente, exercendo a justiça e justificando aquele que tem fé em Jesus.
27.Onde está, portanto, o motivo de se gloriar? Foi eliminado. Por qual lei? Pela das obras? Não, mas pela lei da fé.
28.Porque julgamos que o homem é justificado pela fé, sem as observâncias da lei.


Lembramos que essa doutrina da salvação é exclusivamente cristã! Como já foi afirmado anteriormente neste blog, as únicas promessas de Deus para com os judeus seriam que eles formariam uma grande nação e possuiriam uma terra só pra eles. Nada mais além disso!

Desafio qualquer cristão a mostrar, dentro das escrituras judaicas e sem retirar os textos dos contextos do capítulo, algo que afirme e confirme a doutrina da salvação. Muito pelo contrário! Para os judeus daquela época, não existia nenhum entendimento sobre vidas espirituais salvas em terrenos espirituais (virtuais? rs). Vejam:

Eclesiástico 17:

26.Não te detenhas no erro dos ímpios, louva a Deus antes da morte;
27.após a morte nada mais há, o louvor terminou. Glorifica a Deus enquanto viveres; glorifica-o enquanto tiveres vida e saúde; louva a Deus e glorifica-o em suas misericórdias.

Claro que os cristãos passam batidos por essas palavras ou simplesmente não a consideram, afinal, é totalmente contrária a sua doutrina inventada ..rs

Como pode haver outra vida além desta se os versículos acima mostram exatamente o contrário? Dentro deste entendimento, é preciso ser salvo de quê? De nada, caro leitor. Os textos do Antigo Testamento apontam apenas para se levar uma vida correta, sem pecados e com justiça. Claro que também existem divisões no Judaísmo com relação a isso. Assim como os cristãos que estão subdividos em seu entendimento, os judeus também estão. Hoje encontramos várias ramificações do Judaísmo Ortodoxo como os Judeus Hassídicos, Chassídicos, Messiânicos, etc.

O fato de haverem ramificações distintas de um mesmo culto, prova que suas escrituras podem haver vários entendimentos e, portanto, passíveis de questionamentos. Se são passíveis de questionamentos, tais palavras estão muito longe de serem consideradas "divinas".

Temos aqui mais uma fumacinha dentro dos conceitos cristãos e onde há fumaça, há fogo não é?

O que se vê é que essa doutrina cristã serve apenas para causar discórdias, separações, brigas e discussões entre crentes e não crentes. Muitas vezes isso causa separações e brigas dentro de uma mesma família ou casais que se amam. Tudo porque os cristãos acham-se no direito de serem superiores aos demais, afinal, eles serão "salvos por sua religião única e verdadeira" e não respeitam a religião alheia, tachando-as de religião do demônio.

Sinceramente, caro leitor, isso é digno de pena. Esse fanatismo cristão deveria ser tratado como doença ao invés de religião, afinal, colocam-se acima de qualquer coisa para expor suas idéias fanáticas e contraditórias. O fanatismo é tão grande que, mesmo lendo as contradições e mentiras inventadas, eles a aceitam e resignam-se a ser o que são: pobres criaturas sem opinião própria, que livram-se da responsabilidade do seus destinos, colocando-as nas mãos de doutrinas totalmente preconceituosas e segregacionistas.

Um comentário:

  1. Não é a toa que os evangélicos consideram este livro como apócrifo. É um tiro no próprio pé.

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