Bem-vindos!

Mas entrem com a cabeça aberta para novas percepções, afinal, várias décadas escutando a mesma coisa e não se aprofundando nos textos, de certo modo é apavorante! Leia, releia, pesquise. Novos horizontes se abrirão pra você e com o entendimento, terás a verdadeira liberdade. Ah .. por favor: marque na caixa de diálogo o que você achou do texto e deixe seu comentário, ok? Obrigado pela visita

domingo, 28 de novembro de 2010

Fanatismo é brabo mesmo

A menina ia fazer vestibular, ficou orando e perdeu o horário. A mãe, desesperada, grita "em nome de Jesus" que abram a porta. Não adianta. Jesus só faz milagres grandes como curas espetaculares e expulsão de demônios para impressionar os fiéis. Belo exemplo de como se perde oportunidades por causa do fanatismo. Vai perder oportunidades você também?

João 14.14. Qualquer coisa que me pedirdes em meu nome, vo-lo farei.

Qualquer coisa: uhuum ... rs

sábado, 27 de novembro de 2010

Pensamento


“Ou Deus quer impedir o mal e não pode, ou pode e não quer, ou não pode nem quer, ou quer e pode. Se quer e não pode, é impotente; se pode e não quer, é perverso; se não pode e nem quer, é impotente e perverso; se quer e pode, por que não o faz ?”

Epicuro - 341 a.C.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

A Visão de Gabriel


Boas novas para o desespero dos cristãos.

Encontrada na Transjordânia, uma tabuleta em pedra dará muito o que falar. Batizada de "A Visão de Gabriel" , esta tabuleta data do primeiro século antes de Cristo e refere-se a um texto apocalíptico ditado pelo Anjo Gabriel. Nessa "visão", Gabriel informa que um rei do mal terá sucesso em destruir muitos dentre o povo de Israel e matará o seu líder, o "Principe dos Príncipes". Depois de três dias, este líder será ressuscitado pelo anjo Gabriel.

Esta é a interpretação do Prof. Israel Knohl do Departamento de Estudos Bíblicos na Universidade Hebraica de Jerusalém. Apesar de muitos trechos estarem apagados (o texto foi escrito em tinta sobre pedra, muito incomum àquela época), o prof. Israel baseia-se, principalmente, na linha de número 80 da coluna da esquerda, transcrita abaixo:

"Em três dias, vi[?], Eu, Gabriel [?]"

Para o professor, o texto quer dizer: "Em três dias, volte à vida. Eu, Gabriel, ordeno".

Os cristãos irão achar que essa seria uma comprovação para a ressureição de Jesus. Acontece que esta tabuleta relata dois tipos de ressurreição, aliás, relata a ressurreição de dois messias diferenciados: um messias, filho de Davi e outro messias, Efraim, filho de José.

O retorno do filho de Davi implicaria em uma vitória militar e se incorpora perfeitamente às projeções do Messias esperado pelos judeus: um líder triunfal que irá instituir a Idade Messiânica após "um dia de batalha", liberando o povo judeu do domínio romano.

Já o retorno do filho de José, implicaria em um novo tipo de messianismo judaico: o que envolve sofrimento e morte.

Para o prof. Israel Kohl, está comprovado que a visão de messianismo com sofriemento e morte já estava enraizada nos judeus à época do nascimento de Jesus e, portanto, não seria uma coisa nova.

Esta semana, num documentário da National Geografich, o prof. Israel afirma que este messias militar, referido na tábua de pedra, seria um judeu de nome Simão de Peréia, citado por Flávio Josefo em seu livro "Antiguidades Judaicas". Neste livro, Josefo afirma que um "messias" chamado Simão, no século IV A.C., líder de uma revolta contra os romanos e que intitulou-se "rei dos judeus", teria invadido e queimado o palácio de Herodes após a sua morte. Logo em seguida, teria sido assassinado pelos romanos e todos os seus seguidores, que foram capturados, teriam sido cruxificados como exemplo.

Para comprovar sua teoria, o prof. Israel Kohl visitou as ruínas do palácio de Herodes e encontrou pedras chamuscadas e queimadas pelo fogo. Também enviou a tabuleta para especialistas que comprovaram, através de vários testes, que a pedra pertencia à mesma região da ação de Simão.

A única coisa não comprovada até agora é a palavra "viva" em sua totalidade, pois o tempo apagou duas letras.

De qualquer forma, vemos que a concepção de messianismo com sofrimento e morte estava bem enraizada entre alguns judeus daquela época. Uma hipótese levantada é que Jesus tinha o conhecimento desse texto, bem como sobre a morte de Simão e, nas escrituras do Novo Testamento, os textos mostram que ele faz questão de diferenciar-se de um messias militar.

Com base nessas novas descobertas e juntando com o que já se tem, será que Jesus não provocou sua própria morte para ser aclamado como esse messias, filho de José? Nesses trinta e poucos anos que separaram Simão de Jesus, o ânimo entre judeus e romanos estava por um fio e, numa demonstração desrespeitosa e agressiva, Jesus entra no templo e derruba mesas, espalha o dinheiro dos vendedores, quebra cerâmicas, liberta animais que eram para sacrifícios, causando a maior confusão. Obviamente ele sabia que seus atos o levariam à prisão e, consequentemente, à morte.

Fica aqui a este questionamento, para ser refletido.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Pensamento do Dia



"Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar. Difícil é mentir para o nosso coração."
Carlos Drummond de Andrade.

Fanatismo - Parte II


fanatismo
fa.na.tis.mo
sm (fanáti(co)+ismo) 1 Excessivo zelo religioso. 2 Facciosismo, partidarismo. 3 Dedicação excessiva a alguém, ou a alguma coisa; paixão. 4 Adesão cega a uma doutrina ou sistema.

Fonte: Dicionário Michaelis


Como vemos, o significado de fanatismo é amplo: uma pessoa pode ser fanática por uma religião, um clube de futebol, um partido político, por alguém famoso ou não, etc. Hoje, assim como em outra postagem (http://cybermago.blogspot.com/2010/01/o-fanatismo-religioso-entre-outros.html), retornaremos a este assunto que é uma pedra no sapato da sociedade atual. Obviamente nos centralizaremos no Fanatismo Religioso, visto que de todos os tipos de fanatismo, este é que tem maior capacidade de manipulação alheia.

Hoje, as duas religiões que demonstram possuir os mais altos graus de fanatismo são as religiões Islâmica e Evangélicas Neo pentecostais.

Na religião Islâmica, este fanatismo deve-se a um grupo específico, os chamados extremistas. Este grupo é constantemente incentivado a combater um inimigo religioso - no caso os Estados Unidos da América, cujo ponto máximo de agressão fanática foram os incidentes acontecidos em 11 de setembro de 2001 com a derrubada das Torres Gêmeas.

Em contra-partida, os evangélicos Neo-pentecostais quase em sua totalidade demosntram alto grau de fanatismo, chegando a relacionar qualquer praticante de outra religião que não for a sua de servos do demônio. Interessante isso, afinal, o demônio é um personagem exclusivamente judaico-cristão, portanto, inexistente em outros cultos religiosos.

Viktor Emil Frankl, médico psiquiatra austríaco, Phd, fundador da escola da Logoterapia, descrevia o fanático por dois traços essenciais: a absorção da individualidade na ideologia coletiva e o desprezo pela individualidade alheia. Resumindo: o fanático transforma o que lhe é passado em alguma coisa exclusivamente e individualmente sua, achando que somente sua opinião é válida bem como a sua verdade é única, exclusiva e imutável.

Alguns fanáticos religiosos necessariamente não precisam ser violentos, irritadiços, nervosos ou hidrófobos.

O fanático religioso está tão afinado com a ideologia coletiva que ela basta como canal para a expressão de seus sentimentos, vivências e aspirações, sem nada sobrar daquele hiato, daquele abismo que o homem diferenciado vê abrir-se, com freqüência, entre seu mundo interior e o universo em torno. O fanático religioso pensa e sente com a sua ideologia, ama e odeia com a sua ideologia, quer o que sua ideologia quer e age como sua ideologia manda agir. Tudo o que no seu ser escape dessa bitola é desimportante ou doente aos seus olhos e fatalmente, ao seu ver, está condenado.

O fanático religioso está tão preso as suas verdades individuais que qualquer coisa que lhe é dita e contrarie suas "verdades intocáveis", por mais coerentes, lógicas e verdadeiras que elas sejam, imediatamente são rechaçadas pois sua mente está tão presa à bitola de sua ideologia coletiva que qualquer outra verdade além da sua é imediatamente rechaçada.

A conseqüência imediata do fanatismo religioso é o sectarismo, que encarcera a liberdade de consciência e de pensamento próprio, fazendo que o fanático acabe sendo um escravo de certas verdades que lhe proíbem a expansão da alma pela idéia e pela razão. Para o fanático religioso, não existe em seu vocabulário qualquer palavra que exprima algum tipo de questionamento, dúvida ou explicação lógica e coerente. Ele simplesmente aceita e, para sua fé, não é necessária qualquer tipo de justificativa e sua inteligência, o ato de pensar no todo, praticamente é inexistente.

O fanático é a antítese do herói e do entusiasta. Enquanto o herói e o entusiasta lutam por uma causa justa, o fanático assume uma atitude de intolerância às idéias alheias. O herói e o entusiasta podem até morrer pela causa que defendem, mas jamais o fazem para aumentar o número de prosélitos. O fanático, contrariamente, não recusa meios violentos e até cruéis para os conseguir. O atentado de 11 de setembro é um exemplo perfeito mas damos outro exemplo de violência fanático-religiosa mais branda e com o mesmo motivo. O preconceito e a intolerância religiosa:


Como vemos, o ápice do fanatismo religioso é a loucura. A fé exacerbada em nome do "Senhor Jesus" extrapola qualquer conceito moral, ético e constitucional, fazendo com que os fiéis sejam os "cavaleiros vingadores de Deus".

Obviamente nem todos os fanáticos são assim. Seu limite máximo chega até o sectarismo, afastando-se de toda e qualquer pessoa que não tenha a mesma crença que eles, afinal, são "servos do demônio" e não compactuam com suas "escrituras sagradas".

Em contra-partida, existem pessoas que, apesar de terem a mesma crença dos fanáticos, não desrespeitam a fé alheia, como o Pastor que aparece no final do vídeo acima. Isso é um exemplo a ser seguido.

A mensagem que lhe deixo, cristão, é que não deixe o fanatismo tomar conta da sua racionalidade e da sua consciência. Observe com atenção a foto colocada no início desta postagem. O que você vê? Que pecado você acha que esta criança cometeu para que chegasse ao ponto de estar usando um microfone para expressar seus sentimentos? Aonde você acha que vai parar o fanatismo que está sendo absorvido por esta criança quando ela for adulta?

Então, cristão, pense, reflita sobre suas atitudes e veja se realmente vale a pena se afastar das pessoas que você ama e que amam você por uma seita que segrega, demoniza e desune ao invés de aliar. Nunca é tarde para mudar. Nunca é tarde para espalhar o amor sem preconceito. Nunca é tarde para realmente amar seu próximo.


segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Pensamento do Dia


"Todas as religiões devem ser toleradas, pois cada um de nós tem o direito de ir para o céu a sua maneira".

Frederico, o Grande.

domingo, 21 de novembro de 2010

Perguntas que aguardam respostas.

Existe um lado sombrio na crença judaico - cristã que necessita de algumas respostas. Não tanto pelos judeus, afinal, eles sabem exatamente como fazer para cultuar o Deus deles, não necessitando utilizar uma outra religião e atacá-la, como fazem os evangélicos neo pentecostais que crescem e inserem o medo na cabecinha de seus fiéis.

As perguntas referem-se a Isaías 45:

5 Eu sou o SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que não me conheces. 6 Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro. 7 Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.


Se "Ele" faz a paz e CRIA o mal, para quê serve a figura do diabo/satanás/lúcifer/belzebu e etc? Está claríssima a afirmação da própria boca do senhor: EU CRIO O MAL. Então, podemos supor que:

- A figura de satã (sim, satã e não satanás ou lúcifer pois são denominações romanas - satã, em hebraico Shâtan, quer dizer adversário, opositor - veja o estudo sobre Satanás aqui: http://cybermago.blogspot.com/2010/05/satanas-o-bode-expiatorio.html) realmente só foi introduzida na cultura judaica após o retorno do exílio.

A segunda pergunta é a seguinte: se Deus CRIA O MAL e ele PERMITE que o tal diabinho inventado o use, qual o propósito desse "bondoso" ser?

Outra: se ele QUE CRIA O MAL e o deixa existir só para que possamos usar nosso livre-arbítrio para escolher entre o bem e o mal, porque o cristianismo utiliza a DOUTRINA DO MEDO para com seus fiéis e também em suas pregações? Ora, se Deus é bondoso(?), todo-poderoso (?) por quê prover tanto medo e terror fazendo com que seus fiéis se achem pecadores até o dia de suas mortes? rs

Mais uma: a primeira afirmação do versículo Eu sou o SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus, essa afirmação também está em Dt 6.4: Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor, como pode haver uma trindade? Onde, em que momento, livro, capítulo e versículo do Antigo Testamento DEUS afirma que ele é uma trindade?

Bom, temos aqui um Deus qu é "bondoso", onipotente e onipresente que sabe tudo o que vai acontecer (se ele sabe tudo, sabe o resultado. Se sabe o resultado, ele o determinou, então, quem é o culpado?), que afirma que é único e indivisível e que também cria o mal, então, como é que fica? Aguardo anciosamente alguém poder esclarecer essas dúvidas cruéis ... rs


terça-feira, 9 de novembro de 2010

Trote na Universal

Os caras acreditam tanto que o diabo existe que quando um trote é passado, eles nem percebem que é mentira. O cara falando "eu não vou sair daqui" e batucando é algo kkkkkkkkkkkkk


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Frase do Dia


"As convicções são mais perigosas para a verdade do que as mentiras"
Friederich Nietzche


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Nossos comerciais por favor - Questionário

Para relaxar um pouco nos estudos, formulei este questionário básico - retirado dos evangelhos - sobre a ressurreição. Gostaria que algum cristão me ajudasse pois talvez eu não tenha "inspiração divina espírito-santística" para compreender o acontecido. Toda ajuda será válida.



1 - Após o sepultamento de Jesus, quem foi ao túmulo dele ao amanhecer?

a) Maria Madalena e a outra Maria - Mateus 28.1

b) Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé - Marcos 16.1

c) Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago - Lucas 24.10

d) Somente Maria Madalena - João 20.1


2 - Como estava o sepulcro?

a) Fechado, um anjo desceu do céu e rolou a pedra da entrada - Mateus 28.2

b) Ela já estava removida - Marcos 16.4, Lucas 24.2 e João 20.1


3 - Quantos anjos tinham e onde eles se encontravam?

a) Apenas um anjo que desceu do céu - Mateus 28.1

b) Apenas um anjo que já estava dentro do sepulcro - Marcos 16.5

c) Dois anjos que apareceram de repente dentro do sepulcro - Lucas 24.4

d) Dois anjos que estavam dentro do sepulcro mas somente Maria Madalena os viu - João 20.12


4 - Quem foi primeiro ao sepulcro e o que fizeram depois?

a) Maria Madalena e a outra Maria que depois foram falar aos discípulos do acontecido - Mateus 28.6-8

b) Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé mas não disseram nada para ninguém pois estavam com medo e somente Maria Madalena falou aos discípulos - Marcos 16.8-10

c) Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago e foram informar o acontecido aos discípulos - Lucas 24.9-10

d) Apenas Maria Madalena que informou somente a Pedro. João 20.1-2.


5 - Para quem Jesus apareceu primeiro?

a) Para Maria Madalena e a outra Maria, em Jerusalém, no meio do caminho quando elas estavam se dirigindo para avisar os discípulos do acontecido - Mateus 28.9

b) Somente para Maria Madalena, em Jerusalém em local desconhecido - Marcos 16.9

c) Em Emaús para Cléofas e outro discípulo - Lucas 24.13-18

d) Somente para Maria Madalena, em Jerusalém, do lado de fora do sepulcro - João 20.14


Se onde há fumaça, há fogo, temos aqui uma fumaceira geral ...rs


Aguardo algum cristão inteligente, fanático ou não, resolver este questionário.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A Doutrina da Salvação - O grande engodo cristão!

Já vimos em uma postagem anterior que no evangelho segundo Marcos, o capítulo 16 originalmente possuia apenas 8 versículos e que os versículos de números 9 a 16 foram enxertados posteriormente (acredito que por volta do séc. III, afinal, as cópias dos Codex Vaticanus e Sinaiticus não possuiam esses versículos). Se você não leu este estudo, clique aqui:
http://cybermago.blogspot.com/2010/08/marcos-capitulo-16-grande-invencao.html

Estes versículos enxertados são as bases da salvação pela fé em JC, utilizadas como doutrina para os crentes, fanáticos e ávidos por uma libertação e salvação.

Salvação de quê?

O estudo da salvação chama-se Soteriologia e vem do vocábulo grego Soteria. Para os cristãos, significa salvação, libertação de um perigo iminente, livramento do poder da maldição do pecado,
restituição do homem à plena comunhão com Deus.

Os evangelhos, para variar, não são muito claros quando afirmam como ser salvo. Seus textos são contráditórios e confusos - como todos os evangelhos do NT - abrindo precedentes para que sejam utilizados como cada um bem entender (não é por isso que a cristandade não possui apeneas UMA Igreja Cristã?).

Isto leva a um entendimento confuso, nebuloso e contraditório com relação à doutrina da salvação mas uma coisa todos os sacerdotes cristãos concordam: em posse da "palavra", utilizam a doutrina da salvação para levarem centenas de fiés ao desespero para serem salvos, vistos que em suas mentes são grandes pecadores e irão para o inferno. Aliás, inferno é um conceito totalmente cristão e não teve origem nas escrituras judaicas - mais adiante também faremos um estudo sobre o inferno cristão. Aguarde!

Esse maniqueísmo onde apenas existem duas opções (ou Deus ou o Diabo, ou bem ou mal, ou céu ou inferno), fazem os fiéis tremerem de medo e são facilmentes incorporados "aos rebanhos do senhor", garantindo a sobrevivência e o crescimento dos cultos evangélicos.

Voltando à salvação, vamos ver nos evangelhos como ser salvo e veremos o quanto é confuso, afinal, nem aí os escritores dos textos possuíam um entendimento único.

Somos salvos pelas obras? Para Tiago sim. Vejam o capítulo 2:


14.De que aproveitará, irmãos, a alguém dizer que tem fé, se não tiver obras? Acaso esta fé poderá salvá-lo?

17.Assim também a fé: se não tiver obras, é morta em si mesma. 18.Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras. Mostra-me a tua fé sem obras e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras.

20.Queres ver, ó homem vão, como a fé sem obras é estéril?

21.Abraão, nosso pai, não foi justificado pelas obras, oferecendo o seu filho Isaac sobre o altar?

22.Vês como a fé cooperava com as suas obras e era completada por elas.

24.Vedes como o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé?

26.Assim como o corpo sem a alma é morto, assim também a fé sem obras é morta.

Já para Paulo, basta somente ter fé. Aliás, Paulo, o grande marketeiro de JC, era extremamente simplista em suas convicções. Não funcionava, ele alterava (como vimos no capítulo sobre a enganação do "falar em línguas", onde Paulo - e posteriormente os cristãos - distorcerem totalmente do que foi feito na primeira vez. Se você não leu, clique aqui: http://cybermago.blogspot.com/2010/08/falar-em-linguas.html)


Romanos 3:

20.Porquanto pela observância da lei nenhum homem será justificado diante dele, porque a lei se limita a dar o conhecimento do pecado.
21.Mas, agora, sem o concurso da lei, manifestou-se a justiça de Deus, atestada pela lei e pelos profetas.
22.Esta é a a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo, para todos os fiéis (pois não há distinção;
23.com efeito, todos pecaram e todos estão privados da glória de Deus),
24.e são justificados gratuitamente por sua graça; tal é a obra da redenção, realizada em Jesus Cristo.
25.Deus o destinou para ser, pelo seu sangue, vítima de propiciação mediante a fé. Assim, ele manifesta a sua justiça; porque no tempo de sua paciência, ele havia deixado sem castigo os pecados anteriores.
26.Assim, digo eu, ele manifesta a sua justiça no tempo presente, exercendo a justiça e justificando aquele que tem fé em Jesus.
27.Onde está, portanto, o motivo de se gloriar? Foi eliminado. Por qual lei? Pela das obras? Não, mas pela lei da fé.
28.Porque julgamos que o homem é justificado pela fé, sem as observâncias da lei.


Lembramos que essa doutrina da salvação é exclusivamente cristã! Como já foi afirmado anteriormente neste blog, as únicas promessas de Deus para com os judeus seriam que eles formariam uma grande nação e possuiriam uma terra só pra eles. Nada mais além disso!

Desafio qualquer cristão a mostrar, dentro das escrituras judaicas e sem retirar os textos dos contextos do capítulo, algo que afirme e confirme a doutrina da salvação. Muito pelo contrário! Para os judeus daquela época, não existia nenhum entendimento sobre vidas espirituais salvas em terrenos espirituais (virtuais? rs). Vejam:

Eclesiástico 17:

26.Não te detenhas no erro dos ímpios, louva a Deus antes da morte;
27.após a morte nada mais há, o louvor terminou. Glorifica a Deus enquanto viveres; glorifica-o enquanto tiveres vida e saúde; louva a Deus e glorifica-o em suas misericórdias.

Claro que os cristãos passam batidos por essas palavras ou simplesmente não a consideram, afinal, é totalmente contrária a sua doutrina inventada ..rs

Como pode haver outra vida além desta se os versículos acima mostram exatamente o contrário? Dentro deste entendimento, é preciso ser salvo de quê? De nada, caro leitor. Os textos do Antigo Testamento apontam apenas para se levar uma vida correta, sem pecados e com justiça. Claro que também existem divisões no Judaísmo com relação a isso. Assim como os cristãos que estão subdividos em seu entendimento, os judeus também estão. Hoje encontramos várias ramificações do Judaísmo Ortodoxo como os Judeus Hassídicos, Chassídicos, Messiânicos, etc.

O fato de haverem ramificações distintas de um mesmo culto, prova que suas escrituras podem haver vários entendimentos e, portanto, passíveis de questionamentos. Se são passíveis de questionamentos, tais palavras estão muito longe de serem consideradas "divinas".

Temos aqui mais uma fumacinha dentro dos conceitos cristãos e onde há fumaça, há fogo não é?

O que se vê é que essa doutrina cristã serve apenas para causar discórdias, separações, brigas e discussões entre crentes e não crentes. Muitas vezes isso causa separações e brigas dentro de uma mesma família ou casais que se amam. Tudo porque os cristãos acham-se no direito de serem superiores aos demais, afinal, eles serão "salvos por sua religião única e verdadeira" e não respeitam a religião alheia, tachando-as de religião do demônio.

Sinceramente, caro leitor, isso é digno de pena. Esse fanatismo cristão deveria ser tratado como doença ao invés de religião, afinal, colocam-se acima de qualquer coisa para expor suas idéias fanáticas e contraditórias. O fanatismo é tão grande que, mesmo lendo as contradições e mentiras inventadas, eles a aceitam e resignam-se a ser o que são: pobres criaturas sem opinião própria, que livram-se da responsabilidade do seus destinos, colocando-as nas mãos de doutrinas totalmente preconceituosas e segregacionistas.